QUI RIPOZA VEGILIO FANTINI – MAESTRO DI SCOLLA

20160403_093458 lápide rara que se salvou da campanha de nacionalização da língua italiana. Durante o período da segunda guerra mundial os imigrantes e seus descendes foram obrigados a falar português. Os cemitérios também sofreram modificações das lápides. Não se sabe como o cemitério do Baixo Salto escapou da perseguição pois até hoje ainda se encontram algumas lápides  com inscrições em italiano. Acima uma preciosidade: uma homenagem a um dos primeiros professores de Nova Trento que foi afastado do cargo porque ensina alfabetizava em italiano, a única língua que conhecia ! Diz a inscrição: QUI RIPOZA VEGILIO FANTINI – MAESTRO DI SCOLLA – MORTO LI 7 GIUGNO DEL 1903 – ANNI 54 ( AQUI REPOUSA VEGILIO FANTINI, PROFESSOR(MESTRE) DE ESCOLA. MORRREU NO DIA 7 DE JUNHO DE 1903 COM 54 ANOS). Em breve publicaremos algumas lápides por considerarmos importante manter a memória dos nossos antepassados e ajudar pessoas a localizar possíveis parentes ou sobrenomes que já são raros ou não mais existem em Nova Trento.

3 comentários em “QUI RIPOZA VEGILIO FANTINI – MAESTRO DI SCOLLA

  1. Esse registro é muito significativo para mim, pois Vegílio Fantini era meu pentavô( 5° avô). Já faz algum tempo que estamos procurando informações e os documentos pois pretendemos pedir o reconhecimento da cidadania italiana.
    Recebemos hoje está matéria de um outro braço da família que descende de Vegílio, inclusive acredito que está foto possa ser deles, pois nós passaram ela tbm. Ficamos extremamente empolgados com a possibilidade de ir até o local e também com a possibilidade de finalmente encontrarmos a certidão de óbito através das datas que constam na lápide pois este é o único documento que nos falta.

    • Sou Jonas Cadorin, administrador da página Alfero, Descobri o túmulo dele em 2005. Estava enterrado devido a erosão. Cavei ao redor e o trouxe novamente á luz. É bem na entrada do cemitério, uma lápide de pedra. Ele é o único que tem escrito sua profissão: ‘maestro di scuola’, . Havia citado ele no meu livro Nova Trento Outra vez(1992) quando escrevi sobre a educação em Nova Trento. Encontrar sua lápide foi como tê-lo trazido à vida. O túmulo está abandonado, mereceria cuidados preservando sua originalidade. Ele foi respeitado pela comunidade por ter exercido o magistério.

    • Boa Tarde Edson,
      Também sou descendente do Virginio (ele é meu tataravô).
      Tbm estamos em busca da documentação para reconhecimento da cidadania italiana, porém ele de fato não tem certidão de óbito ainda.
      Ano passado entramos com processo (registro tardio de óbito) para suprir a falta desse registro. Já ocorreu sentença, em breve a certidão vai estar disponível no Cartório aqui da cidade.
      A lápide vem sendo cuidada pelo pessoal da família.
      Ultimamente tenho me interessado muito pela sua história, você tem alguma informação relevante sobre ele, alguma foto talvez ? Tenho procurado o vapor que ele veio, mas até então não obtive sucesso na busca.

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