DÉCADA DE 1960 – CONSTRUTORES DA VILA FÁTIMA

Famosos pela qualidade e esmero na execução de suas obras, os pedreiros de Nova Trento se tornaram uma marca registrada da cidade. Ao fundo e abaixo a casa de retiros Vila Fátima no Morro das Pedras em Florianópolis e testemunha do trabalho de nossos antepassados. A casa é toda de pedras que foram cortados e transportadas em padiolas nos arredores da construção. No centro da foto no lado direito do padre, Constante e Salvador Cadorin. No lado esquerdo o renomado mestre de obras, Francisco Cadorin.( Ao fundo próximo a rampa, José Cadorin(Bépe), sentado, segurando o bolim, Plácido Cadorin, que casou e constituiu família na comunidade do Morro das Pedras.( Aceitamos contribuições para identificação dos demais).

Fonte: álbum da família Salvador Cadorin. Postagem Jonas Cadorin

DÉCADA DE 1950 – CASA DA FAMÍLIA MOTTER E GON

Casa que pertenceu a família de Atílio Gon e Maria Motter Gon, localizada nas proximidades da igreja de Santo Antônio, bairro Salto. A casa foi construída nos anos de 1950 e durou até a década de 1990 quando foi adquirida por Carlito Batistti, posteriormente demolida por problemas de manutenção e poeira devido a localização na beira da estrada. ( No passado o problema com a poeira não existia porque eram poucos os veículos automotores que circulavam pela cidade e no interior.) A casa é um modelo da engenhosidade dos pedreiros neotrentinos. Numa época em que a energia elétrica ainda não havia chegado ao interior as casas eram construídas voltadas para o sol nascente, com muitas janelas para aproveitar a claridade até as últimas horas da tarde.

Colaboração: Heitor R. Motter, comentário e postagem: Jonas Cadorin

1938 -2023 – NELSON JOSÉ ROVER

Faleceu hoje,09 de outubro, aos 85 anos, o pedreiro Nelson José Rover(irmão do ex-prefeito Saul Rover). Deixou cinco filhos. Aos nove anos frequentou o seminário católico em São Paulo. Queria ser missionário no Japão.(As filhas cantaram, na cerimonia de sepultamento, a Ave Maria em japonês que ele ensinou a elas quando meninas). O pai precisou dele para ajudar no sustento da família e acabou retornando um tempo depois . Veio a ser um renomado construtor. Trabalhou na construção de diversas igrejas, entre elas a do Claraíba e da casa de retiros Nossa Senhora de Fátima no Morro das Pedras, Florianópolis. Uma de suas paixões era o jogo de mora. Colecionou muitas medalhas e troféus.

Postagem: Jonas Cadorin

1970- SALVADOR BONECHER

O pedreiro Salvador Bonecher, morador do bairro Vigolo, em plena juventude em meados dos anos 70 posando ao lado de sua Vespa, sonho de consumo dos jovens daquela época. Sr. Salvador, hoje com 76 anos, ainda reside no Vígolo, é casado com Edina Teresinha Minatti Bonecher. Um casal que fala o dialeto tirolez/trentino e cultiva os costumes de antigamente como fazer o sbrega dhjaqueta, crauti, polenta, taiadele, sfregoloti…presépio, santa Lucia, pregar la corona…

Colaboração: Emilio Bonecher Masera. Postagem: Jonas Cadorin

PEDREIROS- IGREJA EM RIO DO OESTE- 1957

Pedreiros de Nova Trento, entre eles o sr. Celestino Batistti, construíram , nos de 1956 a 1957, a igreja de alvenaria em substituição da igreja de madeira, dedicada a Santa Catarina, na localidade de TOCA GRANDE I

“O fundador da comunidade, Ernesto Ronchi nasceu na Província de Belluno, em 31 de maio de 1886. Veio para o Brasil com apenas 40 dias, em companhia dos pais, Luiz Ronchi e Maria de Lazzer, a avó materna e três tios, e instalaram-se na colônia Luís Alves, distrito de Blumenau.
Casado com Páscoa Stringari, Ernesto Ronchi trabalhou como sapateiro. Em 1918, com outros colonos, instalou-se em Toca Grande; construiu a primeira balsa para atravessar o rio (1925).
A comunidade que ele criou foi, mais tarde, dividida em outras: Toca Grande I; Toca Grande II e Toca Grande III (Alto Toca Grande). Colonizada pelas famílias Ronchi, Neguerbon e Moser, que enfrentaram animais selvagens e indígenas.
A capela de madeira que construíram era atendida pelos padres João Rolando e Baggio.
Ao lado da capela dedicada à Santa Catarina, os moradores construíram a escola, onde o professor Ernesto Ronchi lecionava em italiano.
As parteiras da comunidade eram Páscoa Stringari Ronchi e Ema Scoz.” In :http://www.riodooeste.com.br/historia/?id=institu/album&p=37&r=54&i=78

Igreja de
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FOTOS: Marcos Andre Pisetta, de Rio do Oeste. Postagem: Jonas Cadorin

Igreja Matriz de Angelina completa 73 ANOS


Dia 23 de maio de 2021, a atual Igreja Matriz dedicada à Nossa Senhora da Imaculada Conceição, localizada na cidade de Angelina-SC, completa 73 anos de sua inauguração. Com projeto arquitetônico elaborado pelo Pe. Vicente Schmitz as obras foram executadas pelos mestres pedreiros Francisco Cadorin e Domingos Darós, de Nova Trento-SC.

Findas as obras, há 73 anos, dia 23 de maio de 1948, o então Arcebispo de Florianópolis, Dom  Joaquim Domingues de Oliveira, a inaugura oficialmente com a respectiva bênção.

Segundo o Livro do Tombo da Paróquia de Angelina, à página 82: “milhares de padrinhos esperavam ansiosamente o momento em que as portas da nova igreja se abrissem pela primeira vez. E a surpresa foi grande. O interior representa um recinto sagrado e piedoso. Uma arquitetura atraente, magistral e impecável corre em linhas simples e inconfundíveis”.

Texto e foto: historiador Toni Jochem. Postagem: Jonas Cadorin

PEDREIROS DE NOVA TRENTO – IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO – BETÂNIA -ANGELINA

Se hoje Nova Trento é conhecida como a ” cidade dos pedreiros” é no passado que este titulo foi conquistado. Quando a crise da agricultura e da falta de terrenos propícios para o plantio para atender famílias numerosas, Nova Trento vê surgir uma alternativa que até então estava dormente: a construção civil. Se até então não haviam feito uso destas habilidades é por que a oferta abundante de madeira justificava a ausência de casas de alvenaria. Com as casa se deteriorando e sendo consumidas por cupins ao longo dos anos, as novas foram sendo edificadas de alvenaria, a começar pelas igrejas. A construção de igrejas projetou a mão de obra neotrentina para além de suas fronteiras. Na foto acima vemos a construção da igreja, administrada pelos padres Franciscanos, na localidade de Betânia, município de Angelina, entre 1953 a 1955 . Pedreiros, carpinteiros, serventes, pintores, assentadores de ladrilho hidráulico, cozinheiros, uma empreiteira onde cada um sabia fazer o seu papel com maestria, guiados por um pedreiro mais experiente que executava ( quando não desenhava e fazia o cálculo estrutural) a planta da obra contratada. Na foto acima o grupo tinha como responsável o Sr. Salvador Cadorin, filho do respeitado mestre construtor Francisco Cadorin . Não temos como identificar os pedreiros na foto. A foto faz parte do álbum de família do falecido Salvador Cadorin. Um registro que ele fazia questão de guardar e mostrar como prova da habilidade dos pedreiros neotrentinos. Trabalho de equipe. Trabalho de amigos, acima de tudo. Os anos se passaram a obra permanece. Nova Trento e todas suas empreiteiras e construtores agradecem a herança deixada.
O frei Franciscano aparece de preto no centro da foto, no andaime, ladeado pelos oito construtores (muratori). O homem de branco, de paletó , supomos que seja alguém ligado a administração da obra.
Salvador Cadorin aprece no lado direito da escada, com a mão no bolso.

Postagem: Jonas Cadorin. Fotos: álbum família Salvador Cadorin, site da paroquia de Angelina.

CIRO ORLANDO CADORIN e ADELAIDE DARÓS

Ciro Orlando Cadorin, pedreiro, músico nas horas vagas, filho de Francisco Cadorin e Maria Gullini Cadorin
*09.01.1937 – + 06.09.1987
Adelaide Maria Darós Cadorin, costureira, uma das primeira, senão a primeira, a ter uma máquina de costura Overlok para costurar malha em escala doméstica. Voz soprano inconfundível, atuou nos corais da cidade, filha de José e Hercília Darós, residentes à rua João Bayer Sobrinho
*26.04.1940 – 17.09.1994

Foto: lápide no cemitério central – Nova Trento. Postagem: Jonas Cadorin