1865 -1942 – AMABILE VISINTAINER

Amabile Visintainer, nascida em Vigolo Vattaro, aos 16 de dezembro de 1865, migrou para o Brasil em 25 de setembro de 1875, com seu pai, Napoleone Visintainer , sua mãe, Anna Piannezer, os irmãos, Ernesto, Domenica, Luigi e Giovanni (faleceu, com menos de um ano, durante a viagem e foi sepultado no mar). Fugindo de um contexto de fome e miséria, um terço da população de Vigolo Vattaro deixou a região do Tirol ,pertencente ao império Austro- húngaro em direção a América do Sul, Brasil, mais especificamente. A família Visintainer foi alocada na linha Vigolana. Foi ali que Amabile , viveu momentos de dificuldades na organização da vida na nova terra. Foi ali, também, que, motivada pelos ideais católicos, deu inicio a uma obra assistencial com apoio dos padres jesuítas, veio a tornar-se a congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição. Como religiosa assumiu seu novo nome (renunciando as coisas do mundo) de Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Viveu sua opção de vida até as últimas consequências. Faleceu em 0 9 de julho de 1942 com fama de santidade. Após um processo canônico foi reconhecida como santa (a primeira santa da igreja no Brasil) em 12 de maio de 2002 pelo papa João Paulo II. Máximas de Santa Paulina: ” Os doentes são a verdadeira face de Deus”. “Quanto menos fazemos nossa vontade, tanto mais faremos aquela de Deus. ” Volontá di Dio, paradiso mio. A vontade de Deus é o meu paraíso”. ” Não desanimeis, Jamais, mesmo que venham ventos contrários.”

Natural do Tirol Italiano, faleceu aos 77 anos, profissão: irmã de caridade. O sobrenome foi escrito com ‘W’ sendo que a grafia correta, de acordo com o documento da partida abaixo, item número 11, se escreve com ‘V’, Visintainer.

Pintura representando a tristeza do sepultamento no mar do menino Giovanni

Fotos: acervo da casa materna em Vigolo Vattaro, comentários , Jonas Cadorin

FUNERAIS DE ANA DALRI -1945

A foto retrata o funeral de Ana Dalri, nascida aos 19 de setembro de 1874 (no Tirol/trentino).Solteira Morava num cômodo contíguo á casa de seu irmão Francisco Dalri, no início do bairro Baixo Salto. Aos dezessete anos sofreu um acidente doméstico, uma lesão no rosto, numa das faces. A lesão evoluiu para um carcinoma (um dos tipos de câncer de pele) que lhe consumiu lentamente o rosto. Na época a medicina pouco sabia a respeito da doença e até mesmo analgésicos eram pouco potentes para doenças graves. Os relatos da irmã Rosa Dalri, sua sobrinha, em entrevista a Lorena Polli, informou que seu rosto ficava sempre coberto com tecidos leves para esconder e proteger os danos que produzidos pela doença a ponto de a mandíbula ficar exposta. Segundo ela , mesmo padecendo de dores lancinantes nunca se ouviu um único lamento. A câncer evoluiu com metástase. Ficou cega. No final da de uma vida de dores faleceu aos 71 anos de idade com fama de santidade. Seu funeral movimentou a cidade. Na foto seu caixão branco(em geral eram pretos), faz alusão ao martírio a que foi submetida. Na lápide de sua sepultura está esculpida a palma das mártires virgens cristãs está entalhada no mármore. Ao fundo o estandarte da congregação Mariana. O caixão está sendo carregado pelas Filhas de Maria com seu uniforme branco. Algumas delas levam flores , velas e rosário nas mãos. O padre Liduvino Santino tem nas mão o livro das exéquias. O cortejo fúnebre está saindo da igreja matriz que ainda exibe suas antigas portas de madeira entalhada. No canto inferior esquerdo da foto aparece uma caixa de repique e a baqueta o que nos leva a crer que o cortejo foi acompanhado pela banda padre Sabatini com suas marchas fúnebres.
O túmulo de Ana Dalri tornou-se local de visitação e vários são os ex-votos colocados ali fazendo menção a graças recebidas.A jornalista Lorena Poli escreveu um livro sobre os santos de cemitério de Nova Trento intitulado Gracia Ricevuta(ainda não publicado). Se você que nos segue tiver alguma graça ou depoimento que possa enriquecer a pesquisa sobre Ana Dalri, por gentileza pode comentar no post ou enviar email jonascadorin@gmail.com.

Foto Fúnebre: album de familia de Terezinha Natalina Dalri. Foto da lápide: Lorena Poli. Informações coletadas do livro Gracia Ricevuta. Síntese e postagem: Jonas Cadorin

Foto fúnebre -Francisco Cadorin

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Francisco Cadorin, faleceu no inverno de 1974. Foi velado em casa , com de costume. Alguns de seus 10 filhos e 14 irmãos  não puderam comparecer na cerimonia de sepultamento pois moravam longe da cidade , dois deles em São Paulo. A fotografia foi uma forma de guardar a última imagem para recordação do falecido pai.

Fonte: Jonas Cadorin , álbum da família, Salvador e Maria do Carmo Maçaneiro Cadorin